sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Bacai Sanhá é eleito novo presidente de Guiné-Bissau


BISSAU - Malam Bacai Sanhá é o novo presidente da Guiné-Bissau, informaram hoje funcionários eleitorais do país. A eleição vencida por ele foi um raro processo político pacífico na pequena nação, uma ex-colônia portuguesa na África ocidental sacudida por vários golpes de estado e uma guerra civil. Sanhá obteve 63,39% dos votos válidos no segundo turno, vencendo seu oponente Kumba Yala, que obteve 36,69% dos sufrágios, anunciou a Comissão Nacional de Eleições (CNE). Sanhá sucederá o presidente interino Raimundo Pereira, que passou a ocupar o cargo em março, após o assassinato do presidente João Bernardo "Nino" Vieira. O chefe da CNE, Desejado Lima da Costa, disse que as eleições foram justas e sem incidentes, com a participação de 61% dos 594 mil eleitores registrados do país.
O presidente eleito Malam Bacai Sanhá, tomará posse do cargo a 8 de Setembro na sede do Parlamento em Bissau, anunciou, o presidente interino da Assembleia Nacional Popular, Serifo Nhamadjo.


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coreiomanha.pt/noticia

Governo chinês oferece 22 bolsas de estudo a jovens guineenses


Bissau – O Governo chinês concedeu 22 bolsas de estudo a jovens guineenses que partirão para estudar para a China dia 1 de Setembro.

Os 22 jovens, reuniram-se hoje com o secretário de Estado do Ensino guineense, Besna Na Fonta, e com o encarregado de negócios da Embaixada da China na Guiné-Bissau, Wan Feng, para ouvirem algumas recomendações sobre os estudos. Os estudantes contemplados com as bolsas vão fazer licenciaturas em diplomacia, ciências informáticas e gestão bancária e dois deles vão fazer o mestrado em Medicina.
Para o encarregado de negócios da China em Bissau, Wan Feng a deslocação dos 22 estudantes guineenses para a China deverá ser encarada com esperança e responsabilidade. «Acho que vocês vão lá estudar com alegria com esperança, mas com responsabilidade. Esperança não só pessoal ou familiar, mas também nos dois países. Porque o desenvolvimento do vosso país, por exemplo, precisa de vocês e além disso as relações entre os nossos dois países, China e Guiné-Bissau, também precisa de vocês», declarou Wan Feng.


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PNN Portuguese News Network

Associação de Coimbra quer tirar Guiné-Bissau da “cauda do Mundo”


A Promundo, uma Associação de Educação, Solidariedade e Cooperação Internacional criada no início do ano em Coimbra e sedeada na Escola Secundária Avelar Brotero, está apostada em cooperar com autoridades, instituições e a comunidade de Guiné-Bissau para contribuir para o seu desenvolvimento.


O primeiro passo foi dado nos últimos meses. Dezenas de estudantes guineenses, dos pólos universitários de Coimbra e de Leiria, participaram em iniciativas promovidas pela associação e, para além de se mostrarem interessados em colaborar, deram a conhecer grande parte do que é a realidade de um país onde falta água potável e onde um professor, com um salário entre os 40 e os 75 euros, espera, em média, 16 meses para o receber.

O segundo passo foi dado na semana passada, com a viagem de Fernando Castro, presidente da Promundo, para a Guiné-Bissau. Durante quase 20 dias, espera, por um lado, ser recebido por ministros, bispos e o Presidente da República, mas também contactar de perto com a realidade de mais de duas dezenas de escolas das aldeias do interior do país. Uma auscultação fundamental para quem sonha, e espera concretizá-lo, tirar a Guiné-Bissau da “cauda do Mundo” no que diz respeito a analfabetismo.
«Pretendemos fundamentalmente fazer a geminação entre escolas de Coimbra e aldeias do país, de modo a que sejam desenvolvidos ali projectos de Educação. Uma escola de Coimbra, uma aldeia da Guiné-Bissau», especificou Fernando Castro ao Diário de Coimbra antes de partir, apontando a área da Educação como «uma das mais urgentes de ser desenvolvida» naquele país africano que, como afirmou, tem uma taxa de mortalidade elevada fundamentalmente devido à falta de água potável.
Auscultar a realidade «Vou, essencialmente, fazer a auscultação da realidade», confirmou Fernando Castro, deixando claro que não será intenção da Promundo, nem agora, nem no futuro, impor qualquer tipo de projectos à comunidade guineense. «Queremos introduzir o conceito de co-desenvolvimento, que não é muito aplicado no nosso país e que, na nossa perspectiva, é o que melhor resulta», continuou o responsável, explicando que só esta estratégia permitirá «envolver a comunidade guineense no seu próprio desenvolvimento». «Não vamos ajudar a Guiné, vamos cooperar com ela», clarificou, aproveitando para elogiar o apoio dos estudantes guineenses em Coimbra e em Leiria para que o trabalho da Promundo tenha sucesso. «Muitos já voltaram. E para voltar para um país como aquele é preciso ser por amor, ser herói», afirmou Fernando Castro, confiante de que estes jovens serão uma peça fundamental no trabalho que a associação pretende desenvolver na Guiné. «Será uma ponte de esperança que esperemos tenha frutos», continuou, deixando claro que o objectivo é envolver toda a comunidade conimbricense neste projecto.
De Portugal, Fernando Castro levou na bagagem alguns projectos e ideias. Um deles é, através de uma parceria com a Escola Superior de Educação de Coimbra (ESEC), criar um serviço on-line para professores na Guiné, ou seja, que os docentes guineenses possam, através da Internet e do e-mail, ter acesso «ao que se faz em Portugal na área da Educação», assim como pedir ajuda para preparar uma formação ou ainda tirar qualquer dúvida que seja necessária. O responsável da Promundo reuniu-se com responsáveis da ESEC para apresentar esta ideia e saber como poderá ser concretizada.
A esta colaboração juntar-se-ão outras, como é o caso com a Atlas – Associação para a Cooperação e Desenvolvimento, uma Organização Não-Governamental composta por alunas de Relações Internacionais que poderá ser útil para o trabalho desenvolvido em África, assim como a Saúde em Português ou a AMI, como explicou Fernando Castro.

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Diariocoimbra.pt

Guiné-Bissau: Católicos e muçulmanos assinam acordo inédito



Pela primeira vez na Guiné-Bissau, uma rádio islâmica vai transmitir um programa católico, uma colaboração entre a rádio Sol Mansi e a rádio islâmica de Mansoa.

Um acordo que vai abranger várias áreas de cooperação recíproca, como diz à Renascença o padre Davive Scioco, director da rádio católica.
Este é mais um sinal do diálogo inter-religioso na Guiné-Bissau, como ficou demonstrado na recente crise politica que levou ao assassinato da altas figuras do Estado guineense

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Radiorenascenca.pt

UE elogia rigor das finanças públicas na Guiné-Bissau

O delegado da Comissão Europeia na Guiné-Bissau, Franco Nulli, enalteceu hoje o rigor que tem sido imprimido no controlo das finanças públicas pelo actual governo guineense, o que espera ver continuado, para aliviar os sobressaltos financeiros dos últimos anos.

Falando à agência Lusa, à margem das cerimónias do encerramento do ano lectivo na vila de Bula, a 30 quilómetros de Bissau, Franco Nulli afirmou que o rigor nas finanças públicas é um facto que tem sido reconhecido por todos os parceiros da Guiné-Bissau, nomeadamente a União Europeia, o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial (BM).
"Os esforços que estão a ser feitos, vão no bom caminho. Claro que ainda há muito trabalho a fazer, mas as medidas que estão a ser tomadas pelo ministro das Finanças José Mário Vaz e pela sua equipa, estão a andar no bom caminho, o que é reconhecido não só por nós, mas também pelos outros parceiros implicados (...), nomeadamente o Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial", defendeu Franco Nulli.
"Estamos convencidos de que continuando neste caminho, a Guiné-Bissau vai, em breve, poder viver com uma gestão das finanças públicas sem sobressaltos, sem o stress da tesouraria, mas com o mínimo de garantias de continuidade", acrescentou o representante da Comissão Europeia em Bissau.
O actual governo tem conseguido pagar salários aos funcionários públicos através das receitas geradas internamente, isto é, sem recorrer aos pedidos externos, doações ou empréstimos, como acontecia nos últimos anos.
Em relação ao sector educativo, que tem enfrentado dificuldades, a ponto de o ano lectivo 2008/09 ser encerrado quase dois meses depois do previsto devido às greves dos professores reclamando salários em atraso, Franco Nulli destacou o trabalho do actual governo no cumprimento das metas traçadas e anunciou programas de apoio para o sector social.
O representante dos 27 na Guiné-Bissau anunciou um apoio de seis milhões de euros para a reabilitação de infra-estruturas dos sectores da Educação e Saúde, a concretizar logo após a época das chuvas, em Novembro.
"É um programa do 9º FED (Fundo Europeu de Desenvolvimento) que teve alguns problemas de atraso mas que agora está a arrancar. É um programa orçado em seis milhões de euros e vai permitir a reabilitação de infra-estruturas sociais. 50% será dirigido para a reabilitação das infra-estruturas do sector da saúde e outro tanto para as do sector da educação", afirmou Franco Nulli.

Fonte
Diário Digital / Lusa