segunda-feira, 25 de maio de 2009

Estátua de Amílcar Cabral


No dia em que é assinalado o dia de África, os guineenses assistem com euforia e patriotismo à inauguração da estátua do «pai das nacionalidades» da Guiné e deCabo-Verde, Amílcar Lopes Cabral.

Há 23 anos a estátua de Amílcar Cabral que estava no recinto do aquartelamento de Amura, em Bissau, construída em 1985, em Cuba, e que um ano depois chegou à Guiné-Bissau, ainda não tinha sido erguida. A decisão de o fazer foi tomada recentemente pelo actual primeiro-ministro e presidente do PAIGC, Carlos Gomes Júnior, e anunciada em plena campanha eleitoral. Ao som do hino nacional, tambores e outros instrumentos folclóricos, notáveis políticos, diplomatas, membros da sociedade civil, religiosos e uma grande massa popular assistiram à cerimónia. A estátua, que tem cinco metros e vinte e cinco centímetros de altura, é de bronze e pesa duas toneladas. Foi colocada na entrada principal que dá acesso à capital guineense, junto ao Aeroporto Internacional «Osvaldo Vieira».

Os familiares de Amílcar Cabral não faltaram a cerimónia. Iva Cabral, a filha do homem que dirigiu a luta pela independência, cuja imagem ficou conhecida também fora da Guiné-Bissau, não escondeu a sua satisfação. «É um marco importante. Um país sem história, deixa de ser país», disse. Para Fernando Delfim da Silva, estudioso e académico guineense, o acto representa uma «justiça histórica».

A cerimónia, que contou com a presença do Chefe do Governo, Carlos Gomes Júnior, foi presidida pelo Presidente da Republica Interino, Raimundo Pereira.

A instalação da estátua custou ao Estado guineense, 175 mil dólares. A cerimónia culminou com a mudança do nome da avenida principal da capital, que passa agora a chamar-se «Combatentes da Liberdade da Pátria», substituindo assim o nome «14 de Novembro».


Fonte:


PNN Portuguese News Network

Banco África Ocidental inaugura agências na Guiné-Bissau



O Banco da África Ocidental (BAO), detido maioritariamente pela Geocapital, inaugurou hoje uma agência em Bafatá, no leste da Guiné-Bissau, e outra em Canchungo, no norte, numa estratégia de combate à pobreza e desenvolvimento local, afirmou o director da instituição.
No discurso de inauguração da agência em Bafatá, o director do principal banco comercial na Guiné-Bissau, Rómulo Pires, disse que o seu grupo pretende desta forma ajudar o governo na sua acção de combate à pobreza, esperando que a população da região ouse confiar as suas economias ao BAO.

Rómulo Pires enalteceu o facto de o BAO ter investido cerca de 350 milhões de francos CFA para a construção da agência hoje inaugurada, situada no centro da cidade de Bafatá, sendo dotada de equipamentos modernos com os quais irá fornecer os mesmos serviços prestados pelo banco em Bissau.

Abertura de contas, transferência e recepção de valores, depósitos, serviço Multibanco, empréstimos a particulares ou empresas, são entre outros, alguns serviços que o BAO de Bafatá coloca à disposição da população local, sublinhou Rómulo Pires.

Ao governo, representando pelo primeiro-ministro, o director do BAO pediu medidas que reforcem a segurança dos investimentos e celeridade nos processos judiciais, como forma de atrair mais investidores para o país.

Em resposta aos pedidos de Rómulo Pires, o primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior, afirmou que o seu governo está apostado em garantir "toda a segurança" para qualquer investidor que queira ajudar a Guiné-Bissau "a combater o subdesenvolvimento".

"Acreditamos nas potencialidades da Guiné-Bissau. Estamos abertos e prontos a dar toda a segurança para os investidores que nos possam ajudar a combater o subdesenvolvimento, apesar de todas as contrariedades que possam surgir no nosso país", afirmou Gomes Júnior.

"Mas, como sempre dissemos, a Guiné-Bissau não é um país pobre, tem potencialidades, agora é preciso que haja paz para que possamos trabalhar e caminhar para a frente. O dinheiro não está onde há conflitos", frisou o chefe do executivo guineense.

Por seu turno, o director nacional do BCEAO (Banco Central dos Estados da África Ocidental), João Aladje Fadiá garantiu que "os habitantes de Bafatá podem confiar o seu dinheiro ao BAO" porque, a sua instituição "exerce um controlo rigoroso" no sistema bancário do país.

Prova disso, destacou ainda Fadiá, antigo ministro das Finanças guineense, é o facto de a Guiné-Bissau passar em seis anos de três agências de bancos comerciais para 11.

"Isso é sinal de confiança para dizer que há controlo no sistema e na actividade bancária" na Guiné-Bissau exercido pelo BCEAO, concluiu João Fadiá.

O BAO inaugurou também nova agência em Canchungo, no norte do país.

Fonte:

Diário Digital / Lusa