sexta-feira, 5 de junho de 2009

Assassinato de 3 políticos marca campanha eleitoral em Guiné-Bissau


Dacar, 5 jun (EFE).- A violência deu o tom hoje durante a campanha eleitoral em Guiné-Bissau com os assassinatos do candidato presidencial Baciro Dabó, do ex-ministro da Defesa Hélder Proença e do ex-primeiro-ministro Faustino Fudut Imbali, todos acusados pelo Governo local de estar envolvidos em uma tentativa de golpe.

Dabó, um dos candidatos independentes nas eleições do próximo dia 28, foi assassinado por "homens armados não identificados", que invadiram sua casa em Bissau, capital do país, nas primeiras horas de hoje e o mataram com vários tiros, segundo a rádio pública guineense.

Segundo emissoras privadas de rádio de Guiné-Bissau captadas também em Dacar, os assassinos de Dabó vestiam uniforme.

Poucas horas depois do assassinato do candidato à Presidência, as forças de segurança governamentais mataram Proença no norte do país, acusado de tentar dar um golpe de Estado, segundo um comunicado do Ministério do Interior.

Segundo a nota oficial, as forças de segurança estabeleceram um vínculo entre o assassinato de Dabó e a morte de Proença, apresentados como envolvidos em uma suposta tentativa golpista.

A terceira personalidade política morta hoje a tiros em Guiné-Bissau é o ex-primeiro-ministro guineense Faustino Fudut Imbali, acusado pelo Ministério do Interior de ser membro de uma conspiração para depor o atual Governo do país.

A morte de Imbali foi confirmada por fontes do hospital de Bissau, para onde foram levados os corpos dos três políticos assassinados hoje.

Segundo o comunicado do Ministério do Interior, Imbali, Dabó e Proença, junto com alguns militares, pretendiam dissolver o Parlamento e depor o Governo dirigido pelo primeiro-ministro guineense, Carlos Gomes Júnior, atualmente em Portugal por razões de saúde.

Até pouco tempo atrás, Dabó foi ministro de Administração Territorial do Governo liderado por Gomes Júnior, do qual renunciou para concorrer nas eleições.

Também era considerado muito próximo politicamente ao ex-presidente guineense João Bernardo Vieira, assassinado pelos militares em março deste ano.

Membro dirigente do ex-governante Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Dabó se apresentava nas eleições como candidato independente e, segundo analistas locais, tinha poucas possibilidades de ser eleito.

Malam Bacai Sanhá, ex-presidente interino, candidato do PAIGC, e o ex-presidente Kumba Ialá, líder do Partido da Renovação Social (PRS), são considerados como os favoritos para o pleito do dia 28.

Ambos se enfrentaram no ano 2000 em um segundo turno vencido por Ialá, cujo mandato foi interrompido por um golpe de estado militar em 2003.

Os observadores políticos questionam a atitude dos militares frente ao pleito, embora o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas guineense, capitão-de-fragata Zamora Induta, tenha garantido que observam uma total neutralidade entre os diferentes candidatos.

Outra fonte de inquietação é o papel cada vez mais influente do narcotráfico neste pequeno país da África Ocidental, transformado em rota da droga que sai da América do Sul rumo à Europa, segundo o Escritório das Nações Unidas contra Drogas e Crime (UNODC, em inglês).

A delegação da UNODC na África Ocidental, com base em Dacar, ressaltou em um recente relatório que militares e altos funcionários de Guiné-Bissau estão envolvidos nesta atividade, motivo pelo qual manifestou seu temor de que o país passe a ser controlado por traficantes.

As eleições presidenciais foram convocadas em Guiné-Bissau após os assassinatos, em março, do presidente Vieira e do chefe das Forças Armadas, general Tagmé Na Wai.

Vítima de um atentado com bomba que derrubou parcialmente a sede do Estado-Maior, o general Wai morreu na noite de 1º de março, enquanto Vieira foi assassinado na madrugada do dia seguinte por um grupo de militares que o mataram quando tentava fugir da residência presidencial em Bissau.

O chefe da Assembleia Nacional quando da morte de Vieira, Raimundo Pereira, assumiu a Presidência do país, de acordo com a Constituição, enquanto Gomes Júnior seguiu à frente do Governo como primeiro-ministro.

Desde sua independência de Portugal, em 1974, Guiné-Bissau sofreu uma série de golpes de Estado e confrontos entre facções rivais do Exército.

Fonte: G1.globo.com/noticias/mundo

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Catarina Furtado, embaixadora da Boa Vontade, visita a Guiné-Bissau


A embaixadora da Boa Vontade do Fundo das Nações Unidas para a População (UNFPA), Catarina Furtado ex-aprsentadora do reality show OPERAÇÃO TRIUNFO, inicia a partir de, 1 de Junho, uma visita de 5 dias à Guiné-Bissau.

A deslocação de Catarina Furtado ao país, pela segunda vez este ano, enquadra-se na implementação do V Programa de Cooperação entre o UNFPA e o Governo da Guiné-Bissau, para a promoção e defesa dos direitos das crianças, no que diz respeito ao acesso a serviços de saúde reprodutiva de qualidade, com atenção particular para a redução da mortalidade materno neonatal.

Trata-se de uma iniciativa resultante do protocolo existente entre o UNFPA, o Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento (IPAD) e a Rádio Televisão Portuguesa (RTP), no âmbito do projecto de reforço de cuidados obstétricos de emergência nas regiões de Oio Norte da Guiné-Bissau, e Gabú, no leste do país.

Durante a sua estadia na Guiné-Bissau, a embaixadora da Boa Vontade do Fundo das Nações Unidas para a População (UNFPA) Catarina Furtado, vai presidir a cerimónia da inauguração do bloco operatório do Hospital de Gabú e vai visitar os centros de saúde de Mansoa e Bafatá.

A viagem de Catarina Furtado termina com a visita à maternidade, pediatria e banco de sangue do Hospital Nacional Simão Mendes em Bissau, a maior unidade hospitalar do país. A visita irá igualmente proporcionar a recolha de imagens para uma reportagem televisiva sobre a Guiné-Bissau, com vista á mobilização de mais fundos a favor das crianças. O primeiro episódio desta reportagem foi exibido pela RTP-África, no dia 26 de Fevereiro 2009.

Fonte:

PNN - Portuguese News Network

Morreu o primeiro presidente de Guiné-Bissau




Luis Cabral, o primeiro presidente que governou Guiné-Bissau de sua independência, em 1974, até 1980, morreu neste sábado 30/05/2009, em Lisboa, após uma parada cardíaca, aos 78 anos, informou o governo do país africano.

O ex-presidente era meio-irmão do "pai da independência" de Guiné-Bissau, Amilcar Cabral, assassinado em 1973 por combatentes de seu movimento que haviam sido treinados pelo regime colonial português.

Fonte: Diario de Noticias -Lisboa-