O delegado da Comissão Europeia na Guiné-Bissau, Franco Nulli, enalteceu hoje o rigor que tem sido imprimido no controlo das finanças públicas pelo actual governo guineense, o que espera ver continuado, para aliviar os sobressaltos financeiros dos últimos anos.
Falando à agência Lusa, à margem das cerimónias do encerramento do ano lectivo na vila de Bula, a 30 quilómetros de Bissau, Franco Nulli afirmou que o rigor nas finanças públicas é um facto que tem sido reconhecido por todos os parceiros da Guiné-Bissau, nomeadamente a União Europeia, o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial (BM).
"Os esforços que estão a ser feitos, vão no bom caminho. Claro que ainda há muito trabalho a fazer, mas as medidas que estão a ser tomadas pelo ministro das Finanças José Mário Vaz e pela sua equipa, estão a andar no bom caminho, o que é reconhecido não só por nós, mas também pelos outros parceiros implicados (...), nomeadamente o Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial", defendeu Franco Nulli.
"Estamos convencidos de que continuando neste caminho, a Guiné-Bissau vai, em breve, poder viver com uma gestão das finanças públicas sem sobressaltos, sem o stress da tesouraria, mas com o mínimo de garantias de continuidade", acrescentou o representante da Comissão Europeia em Bissau.
O actual governo tem conseguido pagar salários aos funcionários públicos através das receitas geradas internamente, isto é, sem recorrer aos pedidos externos, doações ou empréstimos, como acontecia nos últimos anos.
Em relação ao sector educativo, que tem enfrentado dificuldades, a ponto de o ano lectivo 2008/09 ser encerrado quase dois meses depois do previsto devido às greves dos professores reclamando salários em atraso, Franco Nulli destacou o trabalho do actual governo no cumprimento das metas traçadas e anunciou programas de apoio para o sector social.
O representante dos 27 na Guiné-Bissau anunciou um apoio de seis milhões de euros para a reabilitação de infra-estruturas dos sectores da Educação e Saúde, a concretizar logo após a época das chuvas, em Novembro.
"É um programa do 9º FED (Fundo Europeu de Desenvolvimento) que teve alguns problemas de atraso mas que agora está a arrancar. É um programa orçado em seis milhões de euros e vai permitir a reabilitação de infra-estruturas sociais. 50% será dirigido para a reabilitação das infra-estruturas do sector da saúde e outro tanto para as do sector da educação", afirmou Franco Nulli.
Fonte
Diário Digital / Lusa
sexta-feira, 28 de agosto de 2009
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